12 julho 2015

Primeiros livros da série A seleção

A maioria de vocês já devem saber sobre a MLI 2015 não é mesmo? Pra quem ainda não sabe, eu fiz um post especial falando sobre a maratona e divulgando minha TBR aqui. E pra primeira semana eu escolhi A seleção e A elite, e me surpreendi quando vi que tinha concluído não só essas duas leituras como também A escolha. E eu vim fazer uma resenha tripla pra vocês.



ISBN: 978856576501-5   IBSN: 978856576512-1    IBSN: 978856576537-4
Título: A seleção              Título: A elite                  Título: A escolha
Original: The selection    Original: The Elite           Original: The one
Autora: Kiera Cass          Autora: Kiera Cass           Autora: Kierra Cass
Páginas: 361                Páginas: 354                Páginas:351
Ano: 2012                     Ano: 2013                    Ano: 2014
Editora: Seguinte          Editora:Seguinte         Editora: Seguinte
Nota: ♥ ♥ ♥ ♥ ♥                Nota: ♥ ♥ ♥ ♥ ♥              Nota: ♥ ♥ ♥ ♥ ♥


Leve, divertido, envolvente e encantador. Não teria palavras melhores para descrever A seleção. Foi uma grande surpresa. Apesar de ter demorado a pegar para ler, sinto que não poderia ter escolhido hora melhor. Depois de sair do mundo carregado de tensão da trilogia Legend, fui acolhida no mundo sutil e romântico dessa série.

"Não sou sua querida"



O primeiro livro nos mostra a vida de America, um pouco da personalidade de sua família e o seu romance com Aspen. Bem como, sua ida para o palácio, e seu constante conflito interno.


Já no segundo livro, America está entre as 6 últimas garotas da competição, e juntas, elas formam A elite. Depois de muitos tropeços, America precisa provar que é digna de ser uma princesa. Mas antes de mostrar aos outros ela deve convencer a si mesma de que é capaz. E mais do que isso, tem que saber se quer ser capaz. 


No terceiro livro, America está segura do que quer e vai lutar por seu amor. Enquanto o rei e os rebeldes dificultam seu caminho, ela amadurece e se torna mais segura de si a cada dia.

"As melhores pessoas sempre carregam alguma cicatriz"


A série tem uma trama original e bem trabalhada. Gostei do modo como Kiera construiu seu próprio mundo distópico, com mais sutileza e genuinidade do que estamos acostumados. De início achei que a obra seria um pouco infantil e sem maiores pretensões, mas a medida que avancei na leitura, acabei deixando de lado essa possibilidade e percebendo que Kiera tinha grandes planos para o futuro da história. A crítica ao governo e a realidade das sociedades marginalizadas vão surgindo de acordo com o avançar da história. Apesar de não serem de grande peso e a trama ser mais focada no romance e no conto de fadas, ela é presente e ao longo do tempo vai se tornando pertinente e importante para o desenrolar dos acontecimentos.

"Porque a única opção de quem está por baixo é culpar quem está no topo. Afinal, foi alguém da primeira casta que os condenou a uma vida sem esperança de melhora."


Me surpreendi com tamanha a simplicidade da linguagem, mas que de forma alguma deixou de ser grandiosa, e se torna tão envolvente e acolhedora justamente por essa característica. Por se tratar de um livro relacionado a monarquia e a busca por uma princesa, a leveza é um dos elementos principais, e em parte, acho que essa era a ideia da Kiera. Tornar um universo distópico mais bonito e elegante, para que pessoas de várias idades se interessassem. O resultado foi um livro fácil de se apaixonar sendo uma distração bem vinda, que derrete o coração e se torna queridinho em pouco tempo.


Outro ponto que vale a pena ressaltar é a evolução da trama como um todo. Não só os personagens amadurecem, mas também a linguagem, o teor político e o suspense. Sem deixar de focar no romance e nos conflitos amorosos, Kiera conseguiu dar enfase aos rebeldes e suas causas, nos dando até mesmo um tantinho de ação.


Em relação aos personagens, achei-os tão amáveis quanto a história em si. E o que mais me chamou a atenção foi o fato da autora destacar todos os defeitos e fraquezas, os tornando tão humanos quanto qualquer um de nós. Esse fato me fez ter os mais diversos sentimentos durante a leitura. Fiquei irritada com algumas atitudes, achei tão ridículas e infantis algumas outras, e tão nobres e fofas outras tantas. America foi uma personagem que me identifiquei bastante. Suas dúvidas quanto aos seus sentimentos e até mesmo sobre quem ela era e sobre o que era capaz, me fez sofrer e torcer por ela. Maxon também se mostrou um cara adulto e bem resolvido em algumas questões, com um coração repleto de compaixão e dúvida também. Mas, com certeza um príncipe de verdade.


Em sua totalidade, A seleção continua tendo os traços de uma distopia: governo autoritário, sociedade injusta e a luta contra essa realidade. Mas com um diferencial: tratando essas coisas de forma despretensiosa e juvenil, mas ao mesmo tempo, revelando a seriedade e importância dos problemas. Gostei e recomendo! Espero ansiosa para ler A herdeira.

E vamo que vamo, que a maratona tá só começando.





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