"The time stop for love"
"A incrível história de Adaline" é mais um dos filmes que eu encontrei por acaso, gostei do cartaz, e me apaixonei quando assisti o trailer. E depois de ter assistido ao longa por completo, senti uma necessidade enorme de fazer um post especial dedicado à ele. Um romance dramático, cheio de fantasia, dirigido por Lee Toland Krieger e escrito por J. Mills Goodloe e Salvador Paskowitz, que enche os olhos de quem assisti.
O filme conta a história de Adaline (Óbvio, o título já nos revela isso. Risos.). Adaline nasceu no dia 1° de janeiro de 1908, anos depois ela começaria sua própria família. Porém, em uma noite fria de inverno, em 1935, Adaline sofre um acidente de carro. Mas não um acidente qualquer. Em função de uma série de fatores, Adaline Bowman passa a ser imune aos efeitos do tempo. Ela não envelheceria nem mais um dia.
Mais uma vez me vi diante de um filme relacionado aos efeitos do tempo, e mais uma vez me deparei com uma trama totalmente inovadora e original.
Logo no início, um narrador nos coloca a par de todos os acontecimentos e nos conta o grande segredo de Adaline. Essa narração entrega um toque todo especial à trama, lhe dando a característica de fábula. Já nesse momento, senti que estava assistindo à um conto de fadas da Disney, só que dessa vez um conto real. E digo real porque o filme nos traz mais um fator inusitado: nosso narrador explica minunciosamente e cientificamente todo o processo que culminou na imortalidade da nossa protagonista. Ninguém cobraria uma explicação científica de um filme como esse, mas esse passo nos surpreende, trazendo até mesmo um toque de humor e sarcasmo da própria premissa da história.
Os efeitos especiais no longa são raros, com exceção do acidente de carro, eles praticamente não existem. Mas, na realidade não são necessários. Todo o cenário do filme, que é belíssimo, toma para si a responsabilidade de encher nossos olhos. Fiquei fascinada com todas as escolhas, desde os carros, móveis e roupas que nos inseriram nos séculos passados, até a escolha das cidades e paisagens. É um longa visivelmente bonito. Encantador em sua fotografia.
E mais encantador que todos esses cenários, está o figurino e os penteados de Adaline. Mesmo nos dias atuais ela não se vestia com calça jeans ou shorts. Suas roupas refletiam sua personalidade e elegância, e claramente nos remetiam aos séculos passados. Prova de que Adaline não havia perdido sua essência e sabia muito bem ao mundo à que pertencia.
E já que estamos falando de Adaline, não poderia deixar de ressaltar a magnífica interpretação de Blake Lively. Não consigo imaginar alguém melhor para esse papel. Ela me passou uma paz tão grande. Incrivelmente sofisticada, ela carregava o ar de alguém com tamanha sabedoria e ao mesmo tempo tamanha simplicidade. Uma mulher inteligentíssima, de fala calma e andar confiante. Definitivamente torci por ela. E mais, quis ser como ela. Apesar de Blake ter se destacado muito, todos os outros atores foram maravilhosos e compuseram um filme verdadeiramente encantador.
E em questão de encantar, o romance que muda a vida de Adaline, também consegue ser. A relação entre Adaline e Ellis (Michiel Huisman) é de derreter o coração de qualquer um. É tão... ahhhhh, que não tenho nem palavras para descrever. As relações estabelecidas entre os personagens são bem trabalhadas, apesar de acontecerem bem rápido, são uma "baita" lição sobre laços e convívio.
Em relação as cenas do filme, achei-as dignas de grandes aplausos. Adorei absolutamente todas as falas e a composição de cada cena. Parece que o filme foi construído com toda dedicação e carinho do mundo. Os flashbacks foram um método constante no filme para nos mostrar detalhes da vida de Adaline e combinaram muito bem, nos dando até mesmo um pouco de suspense. Além disso, as suas sequências foram interligadas de modo que nenhuma ficasse confusa ou deslocada.
O enredo, em vezes foi totalmente previsível, mas me diga qual conto de fadas não é? Porém, mesmo sabendo o que ia acontecer, a história é incrível e traz uma visão bem diferente da imortalidade. Ela é tratada como uma maldição na vida de Adaline. Tornando sua existência solitária e sem sentido, até que ela encontra no amor a chave para mudar seu futuro.
Em sua totalidade, é um filme que vale muito a pena para os amantes de um ótimo romance com uma pitada de ficção. E no fim, a gente acaba percebendo que envelhecer não é assim tão ruim. Ele é necessário e inevitável. E como Adaline descobriu, ele é o aliado da felicidade.
Espero que tenham gostado do post. Não quis falar muito da história em si e foquei mais em tudo que me encantou durante filme. Comentem aí se já assistiram, e se ainda não, corre pra assistir. Grande beijo.
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